A estabilidade no emprego é um dos maiores desejos da vida adulta e se você busca por isso, entrar para o funcionalismo público pode ser uma das soluções. A Constituição de 1988 garante esse privilégio para quem presta concurso público e consegue ser aceito para trabalhar em algum cargo estatal, sua revogação só acontece em caso de falta disciplinar grave, entretanto, o governo atual especula a possibilidade de abolir esse benefício, em nome da crise.
O debate tomou força nos últimos tempos e alguns economistas defendem a necessidade de movimentar a máquina pública com mais rapidez, uma vez que existem cargos que já não se fazem mais necessários, mas continuam onerando o gasto público. Alguns estudiosos sobre o assunto comparam a eficiência do trabalhador, nos setores público e privado, e alerta que na esfera privada a falta de estabilidade contribui para o aumento da eficiência do funcionalismo.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016 traz a discussão sobre uma reforma fiscal que pode vetar concursos públicos, promover demissão voluntária de servidores, dentre outras coisas, mas essa questão já está em voga desde a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar 101/2000. À época, caso houvesse gasto público maior do que a arrecadação, o governo precisa tomar várias medidas para conter e diminuir gastos, isso inclui diminuição de benefícios dos servidores, corte na criação de novos cargos ou aumentos de salários e etc, caso tudo não resolva, a demissão é o último artifício.
Nesse cenário, a carreira como servidor público pode até parecer um engodo, são ameaças às conquistas, ao futuro seguro e sólido, mas a discussão abre precedentes para uma nova visão onde políticas de manutenção do cargo público podem ser debatidas e alteradas. Ser um profissional preocupado com a carreira, e atento ao preparo que seu emprego exige, independente da esfera de atuação, proporciona uma mudança significativa na entrega final desse trabalho, tanto para o trabalhador quanto para a população.